O papel da capacidade absortiva na inovação. Evidências de práticas desenvolvidas por empresas de base tecnológica inseridas em redes colaborativas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26439/interfases2022.n016.6049

Palavras-chave:

capacidade absortiva, inovação, pesquisa qualitativa, pequenas empresas, empresas de base tecnológica

Resumo

Existe um escasso número de pesquisas que analisam a configuração da capacidade absortiva em empresas de países emergentes, como é ocaso do Brasil. O presente estudo buscou analisar as práticas que as pequenas e medias empresas de base tecnológica brasileiras aplicam para otimizar os fluxos de conhecimento e consequentemente, alavancar as inovações organizacionais. Com esse objetivo, a pesquisa utilizo uma abordagem qualitativa para analisar dados de um total de 11 empresas de base tecnológica. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, observação não participante e análise documental. Os principais resultados apontam que as práticas de capacidade de absorção são determinantes da inovação organizacional, a exemplo de: adaptação o conhecimento externo a uma nova tecnologia para criar um novo produto; e o desenvolvimento da capacidade de aplicar o conhecimento interno e externo em patentes e ou produtos de softwares inovadores para o mercado. Também evidenciaram-se diferenças nas práticas aplicadas por empresas de um mesmo setor, e nessa linha, constatou-se que que as empresas com maior tempo de atuação no mercado tendem a possuir mais práticas implementadas, o qual permite alavancar seus processos de inovação. Nossos resultados fornecem evidencias concretas sobre como alocar os recursos do conhecimento para maximizar seu potencial para alavancar inovações organizacionais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Acate. (2022). Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia. Estatuto Social. Florianópolis.

Apriliyanti, I. D., & Alon, I. (2017). Bibliometric analysis of absorptive capacity. International Business Review,26(5), 896-907. https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2017.02.007

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 77-101. http://dx.doi.org/10.1191/1478088706qp063oa

Cajuela, A. R., & Galina, S. V. R. (2020). Processes in interorganizational relationships to develop absorptive capacity in startups. Revista de Administração Contemporânea, 24, 550-566. http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac2020180329

Camisón, C., & Forés, B. (2010). Knowledge absorptive capacity: New insights for its conceptualization and measurement. Journal of Business Research, 63(7), 707-715. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2009.04.022

Cassol, A., Marietto, ML, & Martins, CB. (2022). Inovação em pequenas e médias empresas: a influência da capacidade de absorção. Ciências da Administração, 24 (62), 102-121. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2022.e73575

Cassol, A, Gonçalo, C.R.; Santos, A.; Ruas, R.L. (2016). A administração estratégica do capital intelectual: um modelo baseado na capacidade absortiva para potencializar inovação. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 15, (1). https://doi.org/10.5585/riae.v15i1.2161

Cassol, A., Zapalai, J., & Cintra, RF. (2017). Capacidade absortiva como propulsora da inovação em empresas incubadas de Santa Catarina. Revista Ciências Administrativas, 23 (1), 9-41. https://doi.org/10.5020/2318-0722.23.1.9-41

Cassol, A., Zanesco, D., Martins, C. B., & Marietto, M. L. (2019). Capacidade absortiva como moderadora da relação entre inovatividade organizacional e desempenho inovador de pequenas e médias empresas brasileiras. Interciencia, 44(1), 15-22.

Cepeda-Carrion, G, JG Cegarra-Navarro, & D Jimenez-Jimenez. (2012). The effect of absorptive capacity on innovativeness: Context and information systems capability as catalysts. British Journal of Management, 23, 110–129. https://doi.org/10.1111/j.1467-8551.2010.00725.x

Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. (1990). Absorptive capacity: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, 35(1), 128-152. https://doi.org/10.2307/2393553

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo. Quantitativo e Misto, 3. https://doi.org/10.26512/les.v13i1.11610

Dávila, G.A., North, K., & Varvakis, G. (2016). How Brazilian textile enterprises learn to grow. In: Competitive Strategies for Small and Medium Enterprises. Springer, 241-254. https://doi.org/10.1007/978-3-319-27303-7

Dávila, G. A., Durst, S., & Varvakis, G. (2017). Knowledge absorptive capacity, innovation, and firm’s performance: insights from the south of Brazil. International Journal of Innovation Management. 475-508. https://doi.org/10.1142/S1363919618500135

Dávila, G., Varvakis, G., & North, K. (2019). Influence of strategic knowledge management on firm innovativeness and performance. BBR. Brazilian Business Review, 16, 239-254. https://doi.org/10.15728/bbr.2019.16.3.3

Da Silva, F. M., & da Costa, P. R. (2019). Desenvolvimento da Capacidade Absortiva em Empresas de Base Tecnológica. Revista Inovação, Projetos e Tecnologias, 7(1), 36-51.

Donate, M.J., & Guadamillas, F. (2011), Organizational factors to support knowledge management and innovation, Journal of Knowledge Management, 15(6), 890-914.

Engelman, R. M. et al. (2017). Intellectual capital, absorptive capacity and product innovation. Management Decision, 55(3): 474-490.

Flatten, T.C. et al. (2011). A measure of absorptive capacity: scale development and validation. European Management Journal, 29(2), 98-116.

Fosfuri, A., & Tribó, J. A. (2008). Exploring the antecedents of potential absorptive capacity and its impact on innovation performance. Omega, 36(2), 173-187.

Gao, S., Yeoh, W., Wong, S. F., & Scheepers, R. (2017). A literature analysis of the use of Absorptive Capacity construct in IS research. International Journal of Information Management, 37(2): 36–42.

Garrido, I. et al. (2017). Remaining Innovative: The Role of Past Performance, Absorptive Capacity, and Internationalization. Brazilian Business Review, 14(6), 559-574.

Gerschewski, S., Rose, E. L. & Lindsay, V. J. (2015). Understanding the drivers of international performance for born global firms: an integrated perspective. Journal of World Business, 50(3), 558–575.

Grant, R. M. (1996). Toward a knowledge-based theory of the firm. Strategic Management Journal, 17, 109-122.

Goedhuys, M., & Veugelers, R. (2012). Innovation strategies, process and product innovations and growth: Firm-level evidence from Brazil. Structural change and economic dynamics, 23(4), 516-529.

Gunday, G., et al. (2011). Effects of innovation types on firm performance. International Journal of Production Economics. 133(2), 662-676.

Hardré, P. L., & Chen, C. H. (2005). A case study analysis of the role of instructional design in the development of teaching expertise. Performance Improvement Quarterly, 18(1), 34-58.

Jansen, J. J. P., Van Den Bosch, F. A. J., & Volberda, H. W. (2005). Managing potential and realized absorptive capacity: How do organizational antecedents matter? Academy of Management Journal, 48(6), 999-1015.

Kostopoulos, K, A., et al. (2011). Absorptive capacity, innovation, and financial performance. Journal of Business Research, 64, 1335–1343.

Lane, P. J.; Koka, B. R., & Pathak, S. (2006). The reification of absorptive capacity: a critical review and rejuvenation of the construct. Academy of Management Review, 31(4), 833-863.

Ling-Ching C. A., and Wang, W.Y. (2012). The causal relationships between aspects of customer capital. Ind. Manag. Data Systems, 112, 848–865.

Manthey, et al. (2017). O impacto das capacidades de absorção e Inovação no Desempenho da Inovação de produto. In: Encontro da Anpad, 2017, São Paulo. Anais do EnAnpad 2017.

Marlana, C., & Morozini, J. F. (2017). Tendências de pesquisa nacionais em capacidade absortiva: Uma análise bibliométrica e redes sociais em grupos de pesquisa. Anais do VI SINGEP. Sao Paulo.

Merriam, S. B. (1998) Qualitative Research and Case Study Applications in Education. Revised and Expanded from" Case Study Research in Education.” Jossey-Bass Publishers, 350 Sansome St, San Francisco.

More, R. P. O., Vargas, S.M.L., & Gonçalo, C.R. (2014) Interfaces Da Capacidade Absortiva Numa Perspectiva Organizacional. Revista Inova Ação, Teresina, 3(2): 30-52.

Nag, R., & Gioia, D. A. (2012). From Common to Uncommon Knowledge: Foundations of Firm-Specific Use of Knowledge as a Resource. Academy of Management Journal, 55(2), 421–457.

Nagano, M.S; J.P Stefanovitz., & T.E Vick. (2014). Innovation management processes, their internal organizational elements and contextual factors: An investigation in Brazil. Journal of Engineering and Technology Management, 33, 63–92.

Salter, A., et al. (2014). Open for ideation: individual-level openness and idea generation in RandD, Journal of Product Innovation Management, 32(4), 488-504.

Siachou, E., Vrontis, D., & Trichina, E. (2021). Can traditional organizations be digitally transformed by themselves? The moderating role of absorptive capacity and strategic interdependence. Journal of Business Research, 124, 408-421.

Song, Y., et al. (2018). In Search of Precision in Absorptive Capacity Research: A Synthesis of the Literature and Consolidation of Findings. Journal of Management, 44(6), 2343–2374.

Takeuchi, H., & Nonaka, I. (2009). Gestão do conhecimento. Bookman editora.

Tidd, J.; Bessant, J. (2015). Gestão da inovação. 5. Porto Alegre: Bookman.

Torodova, G., & Durisin, B. (2007). Absorptive capacity: valuing a reconceptualization. Academy of Management Review, 32(3), 774-786.

Tseng, C., Chang Pai, D. and Hung, C. (2011). Knowledge absorptive capacity and innovation performance in KIBS, Journal of Knowledge Management, 15(6), 971-983.

Werlang, N. B.; Silva, M. & Candido, A. C. (2022). Capacidade Absortiva para Inovação: análise dos fatores internos e externos em startups catarinenses. Comunicação & Inovação, 23(52), 16-33.

Zahra, S. A.; George, G. (2002). Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, 27(2), 185-203.

Zahra, S. A., Larraneta, B., & Galán, J. L. (2015). Absorptive Capacity and Technological Innovation. Wiley Encyclopedia of Management., 13, 1–5.

Zou T., Ertug G., & George G. (2018). The capacity to innovate: a meta-analysis of absorptive capacity. Innovation: Management, Policy and Practice, 20(2), 87 - 121.

Downloads

Publicado

2022-12-23

Edição

Seção

Dosier

Como Citar

O papel da capacidade absortiva na inovação. Evidências de práticas desenvolvidas por empresas de base tecnológica inseridas em redes colaborativas. (2022). Interfases, 16(016), 53-73. https://doi.org/10.26439/interfases2022.n016.6049