Feminismo de internet: como as redes sociais contribuem para o desenvolvimento da Quarta Onda Feminista no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26439/contratexto2021.n036.5152Palavras-chave:
feminismo, redes sociais, Facebook, comunicação, Coletivo Não Me KahloResumo
O presente artigo busca analisar como o uso das redes sociais contribui para o desenvolvimento da Quarta Onda Feminista no Brasil. Dados como o aumento do número de pesquisas em plataformas de busca online e a multiplicação de páginas de conteúdo feminista em redes sociais destacam o crescente debate sobre o assunto, e justificam a relevância do estudo. O artigo relata o desenvolvimento do movimento feminista, do seu surgimento até a atual insurreição, e a maneira como este se formou. Para isso, utiliza como metodologia estudos bibliográficos sobre feminismo e sobre o uso do espaço virtual por parte de movimentos sociais, bem como o estudo de caso do coletivo feminista brasileiro Não Me Kahlo. Também foi realizada a entrevista com uma das suas fundadoras e a análise quantitativa das publicações na página do coletivo na rede social Facebook, durante os meses de janeiro e junho de 2019. A partir desta metodologia, o estudo identifica a associação direta entre a atual insurreição feminista e o uso das redes sociais que são utilizadas como ferramentas de comunicação, organização epopularização do conteúdo feminista. A pesquisa também aponta os benefícios e as dificuldades que o uso das redes sociais acrescenta ao atual cenário da militância feminista.
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