Dois países, muitas infâncias: encontros para criar com os filmes Carreto e Una niña una escuela
DOI:
https://doi.org/10.26439/contratexto2020.n034.4874Palavras-chave:
cinema e educação, infância e cinema, educação e inclusão, exercícios de criação, cinema e América LatinaResumo
Stephanie e Laura são duas meninas que se encontram na singularidade de um modo de existência que nem sempre tem espaço no cotidiano da vida e das escolas. Tinho é sensível em perceber as necessidades de Stephanie como intrínsecas à de qualquer criança. Assim, nasce entre eles uma silenciosa e cúmplice amizade. Laura tem em sua família e no coração das políticas do país onde nasceu o reconhecimento de que todas as vidas importam. Todo esforço é válido, portanto, para fazer funcionar uma escola que atenda a uma única criança. A partir da metodologia de análise da criação das imagens dos curtas brasileiro, Carreto, e cubano, Una niña una escuela, o artigo destaca o modo respeitoso com que os diretores constroem a relação das crianças com necessidades educacionais especiais e seu entorno. O resultado dessa análise permitiu compartilhar, no contexto da Lei 13.006/2014, exercícios de criação, a partir desses dois filmes. Os exercícios que o artigo propõe, inspirados na metodologia da pedagogia da criação, podem ser desenvolvidos com crianças, e tem o objetivo de destacar as infâncias brasileiras e latino-americanas e potencializar a relação inventiva com o audiovisual.
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