Reescrita do gênero de terror a partir das novas realidades digitais em cam de Daniel Goldhaber
DOI:
https://doi.org/10.26439/contratexto2020.n034.4868Palavras-chave:
Cinema, horror, doppelgänger, digital, cinema de gêneroResumo
Este artigo visa a explicar como o filme Cam (2018) utiliza determinados tópicos do gênero horror (em particular, a figura do doppelgänger, ou duplo) para, a partir deles, observar a mudança das novas tecnologias digitais na dinâmica de nosso cotidiano. O filme mostra como as tecnologias digitais se tornaram nossas ferramentas de fornecimento e de trabalho, através da história de uma camgirl cuja identidade é usurpada por uma entidade, criando uma dinâmica de vida na qual não há necessidade de se locomover e tudo pode ser feito com um clique. O filme também toma o pulso das novas formas do cinema de terror, estabelecendo a internet como um espaço no qual a violência e o sexo tornam-se ferramentas para gerar maior interatividade entre os usuários e permitir maiores lucros. Mas não é só isso: Cam usa uma série de medos contemporâneos ligados às possibilidades das novas tecnologias (ser bloqueado de uma conta ou ser hackeado) para estabelecer um universo em que todas as explicações são possíveis, e no qual é difícil estabelecer aquilo que é o inimigo.
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