Reescrita do gênero de terror a partir das novas realidades digitais em cam de Daniel Goldhaber

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26439/contratexto2020.n034.4868

Palavras-chave:

Cinema, horror, doppelgänger, digital, cinema de gênero

Resumo

Este artigo visa a explicar como o filme Cam (2018) utiliza determinados tópicos do gênero horror (em particular, a figura do doppelgänger, ou duplo) para, a partir deles, observar a mudança das novas tecnologias digitais na dinâmica de nosso cotidiano. O filme mostra como as tecnologias digitais se tornaram nossas ferramentas de fornecimento e de trabalho, através da história de uma camgirl cuja identidade é usurpada por uma entidade, criando uma dinâmica de vida na qual não há necessidade de se locomover e tudo pode ser feito com um clique. O filme também toma o pulso das novas formas do cinema de terror, estabelecendo a internet como um espaço no qual a violência e o sexo tornam-se ferramentas para gerar maior interatividade entre os usuários e permitir maiores lucros. Mas não é só isso: Cam usa uma série de medos contemporâneos ligados às possibilidades das novas tecnologias (ser bloqueado de uma conta ou ser hackeado) para estabelecer um universo em que todas as explicações são possíveis, e no qual é difícil estabelecer aquilo que é o inimigo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Bedoya Forno, Universidad de Lima

    Magíster en Ciencia Política y Gobierno por la Pontificia Universidad Católica del Perú.

Referências

Bordwell, D (2003). Arte Cinematográfico. McGraw-Hill/Interamericana Editores.

Castells, M (1999). La era de la información. Economía, sociedad y cultura. La sociedad red. Vol 1. Siglo XXI Editores.

Ehrlich, D. (2018). ‘Cam’ Review: A Brilliant Madeline Brewer Anchors a Lynchian Horror Movie About a Cam Girl in Crisis - Fantasia 2018. Indiewire. https://www.indiewire.com/2018/07/cam-review-daniel-goldhaber-madeline-brewer-fantasia-2018-1201985605/

Gledhill, C (1999). The Horror Film. En P. Cook & M. Bernink (Ed.), The Cinema Book (pp. 194-204). British Film Institute.

Goldhaber, D. (2018). Cam [Película]. Divide/Conquer.

Gubern, R. & Prat, J (1979). Las raíces del miedo. Antropología del Cine de Terror. Tusquets Editores.

Imbert, G. (2010). Cine e imaginarios sociales. Ediciones Cátedra.

Imbert, G. (2019). Crisis de valores en el cine posmoderno (Más allá de los límites). Ediciones Cátedra.

Meehan. P (2017). The Ghost of One´s Self, Doppelgängers in Mystery Horror and Science Fiction Film. McFarland & Company, Inc., Publishers.

Perceval, J.M. (2015). Historia mundial de la comunicación. Ediciones Cátedra.

Scolari, C. (2008). Hipermediaciones. Elementos Para Una Teoría de la Comunicación Digital Interactiva. Editorial Gedisa, S.A.

Waisbord, S. (2019). Communication. A post-discipline. Malden Polity Press.

Wood, R. (Ed.). (2018). An Introduction to the American Horror Film. En Robin Wood on the Horror Film. Collected Essays and Reviews (pp.73-110). Wayne State University Press.

Publicado

2020-11-26